Recentemente fui a um evento sobre podcast, em Fortaleza. A imersão reuniu criadores e ouvintes. Adicionei na rede social alguns que não conhecia e me vi inserida em um movimento que me chamou bastante a atenção. Quando cheguei em casa, caí na real de que não conseguiria dar conta de tudo. Tive de fazer escolhas. Percebi que alguns, coincidentemente ou não, estavam com os mesmos convidados que acabavam contando as mesmas histórias. Poderia pensar em mais do mesmo, mas aprendi com o jornalismo que uma situação pode ser contada diversas vezes e causar uma sensação diferente em quem escuta. Cada entrevistador pode se interessar por um ponto específico daquela narrativa, mudando totalmente os rumos da prosa.
Ainda sobre o que aconteceu lá no evento, vi um amigo de longa data. Há uns sete anos ele começou a fazer podcasts aqui no Ceará. Enquanto muitos estão engatinhando ainda (e isso não é um problema), outros abrem caminhos, os que estão na vanguarda. Imagino como deve ter sido difícil pra ele convencer algumas pessoas sobre um movimento que quase ninguém à época fazia.
O que mais me chamou a atenção foi perceber que podcast é um produto bem “hand made”. Quem não pode investir em um microfone condensador ou uma placa de áudio, pode começar gravando no celular mesmo e a plataforma Ancle faz a distribuição do material gratuitamente para todos os aplicativos de áudio.
Agora que eu tenho meus podcasts preferidos, a lavagem da louça jamais será a mesma. É bom a gente ter opções para ver e ouvir. A oferta é tanta que, às vezes, me dá uma angústia de não conseguir dar conta de tudo. Estou fazendo uma triagem. Alguns eu escuto por causa de quem faz mesmo, pois já têm minha fidelidade baseada na confiança de que ali sempre vai rolar algo bom. Já outros me ganham pelos entrevistados. E, se sobrar um tempinho, posso até pensar em produzir um também.
Quais são os seus preferidos?